O Manuseio do WhatsApp voltado para a Melhor-Idade
Palavras-chave:
Extensão Universitária, Inclusão Digital, Oficina PráticaResumo
O aumento do uso de tecnologias digitais entre a população idosa demonstra a importância de programas educativos específicos para essa faixa etária. A comunicação via WhatsApp tornou-se uma ferramenta fundamental para manter o contato social e acessar informações. No entanto, muitos idosos ainda enfrentam dificuldades para utilizar plenamente as funcionalidades deste aplicativo [Casadei e Bennemann 2019].
Nesse contexto, a extensão universitária é uma dimensão crucial da educação superior, pois promove a interacção entre a universidade e a sociedade [Sousa 2000]. As práticas de extensão buscam atender às demandas da comunidade, promovendo o desenvolvimento tanto da população local quanto dos acadêmicos, além de fortalecer os laços sociais.
O projeto se insere neste âmbito, visando impactar positivamente a comunidade externa. A proposta da realização de uma oficina prática voltada para o público da melhor idade foi desenvolvida para ensinar, de maneira prática e direta, o uso de funcionalidades específicas do WhatsApp. A oficina abordou o gerenciamento de contatos, personalização do perfil e uso de mídias (fotos e vídeos), visando facilitar a integração digital dessa faixa etária, promovendo maior conforto e autonomia na comunicação digital.
A melhor idade enfrenta desafios significativos no uso de tecnologias digitais, especialmente no que diz respeito à comunicação. Muitos nessa faixa etária têm dificuldade em utilizar plenamente as funcionalidades do WhatsApp, o que pode resultar em sentimentos de exclusão e dependência em relação a terceiros para a comunicação.
Nesse contexto, o projeto se insere na busca por soluções que impactem positivamente a comunidade externa. A proposta da realização de uma oficina prática voltada para o público da melhor idade foi desenvolvida para ensinar, de maneira prática e direta, o uso de funcionalidades específicas do WhatsApp. A oficina abordou o gerenciamento de contatos, personalização do perfil e uso de mídias (fotos e vídeos), visando facilitar a integração digital dessa faixa etária, promovendo maior conforto e autonomia na comunicação.
Diante das dificuldades identificadas na comunicação digital enfrentadas pela melhor idade, este projeto teve como objetivo a realização de uma oficina prática voltada para esse público, ensinando de maneira prática e direta o uso de funcionalidades específicas do WhatsApp, promovendo a autonomia digital e fortalecendo as relações sociais.
A oficina foi conduzida em duas sessões presenciais e práticas, realizadas no Instituto Maurício Gehlen, em Paranavaí – PR. Durante os encontros, os participantes aprenderam a usar funções básicas do WhatsApp, como configuração do plano de fundo, ajuste do tamanho da fonte, atualização e seleção de foto de perfil, organização de contatos e uso de recursos multimídia.
Os materiais utilizados incluíram um grupo no WhatsApp, um QR code e slides com um passo-a-passo contendo capturas de tela das ações necessárias. Os botões a serem clicados foram destacados em vermelho para facilitar a compreensão. O QR code permitiu que os participantes ingressassem no grupo de WhatsApp, onde puderam exercitar o envio de mensagens e mídias.
O planejamento da oficina foi realizado a partir de um levantamento de dados obtidos por meio de uma entrevista, realizada com representantes do Instituto Maurício Gehlen. Nessa entrevista ocorreu a oportunidade para direcionarmos a escolha do tema e meios de melhor engajamento para atender o público-alvo. Após a entrevista foi levantado alguns conteúdos relevantes associados ao tema escolhido, sendo escolhido o WhatsApp, utilizado a metodologia de elicitação de requisitos para elaborar o conteúdo e a forma com qual a apresentação seria realizada.
Os resultados iniciais mostraram uma participação menor do que a esperada, apesar do número limitado de vagas para evitar superlotação. Após o retorno das inscrições, constatou-se uma quantidade significativamente menor de participantes, semelhante a experiências anteriores no Instituto Federal do Paraná, onde a comunidade externa também foi pouco representada.
Diante disso, o conteúdo foi adaptado para atender individualmente os participantes, permitindo uma experiência mais personalizada. No primeiro dia, com maior número de participantes, a turma foi dividida em grupos menores, facilitando o aprendizado. A proposta inicial de seguir um roteiro foi flexibilizada para atender às necessidades de cada grupo.
O segundo dia, destinado à revisão de conteúdos, teve uma participação menor, em parte devido à concorrência com outros eventos no Instituto. Com apenas cinco participantes, o atendimento foi mais personalizado, focando em reforçar os conteúdos ensinados e sanar eventuais dúvidas.
Conclui-se que, embora a quantidade de alunos captados não tenha sido extraordinária, isso não reflete uma falha da equipe ou dos monitores, que se mostraram sempre disponíveis e comprometidos. A menor participação pode ser atribuída à coincidência de outros eventos, mas o primeiro dia foi muito animado e repleto de interações positivas.
No segundo dia, os participantes demonstraram ter assimilado bem o que foi ensinado, e o feedback recebido foi amplamente positivo, tanto por parte do público quanto dos servidores do Instituto. Trabalhar com a melhor idade foi sem dúvidas uma experiência extremamente gratificante, evidenciando que a idade não é um obstáculo para o aprendizado. O sucesso da respectiva oficina reforça a importância de iniciativas de caráter similar para promover a inclusão digital e fortalecer as relações sociais entre a comunidade.
Dado o sucesso da oficina e a demanda expressa pelos participantes, a equipe já está desenvolvendo um material didático que ficará disponível fisicamente no acervo do Instituto Maurício Gehlen. Esse material foi solicitado diretamente pelos participantes para que pudessem consultar os conceitos sempre que necessário, proporcionando um recurso de referência contínua.
Referências
Casadei, G. e Bennemann, Rose Mari e Lucena, T. (2019). Influência das redes sociais virtuais na saúde dos idosos. Enciclopédia Biosfera, 16(29).
Sousa, A. L. L. (2000). A história da extensão universitária. Alínea Editora.
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