Interpretação do SCRUM para eventos gastronômicos
Palavras-chave:
Scrum, gastronomia, metodologias ágeisResumo
A gastronomia é interpretada por um conjunto de conhecimentos e práticas vinculados com a cozinha tendo a finalidade de transformar ingredientes em preparações (receitas) para serem consumidas. Nos bastidores de uma cozinha, uma equipe sincronizada, e também um planejamento, são fundamentais para que este processo ocorra de maneira satisfatória e atenda o que foi proposto à servir. Quando é direcionado para ambientes gastronômicos, tais como, casamentos, festas e datas comemorativas, deve-se atentar aos fatores cruciais como o modo de preparo, tempo para servir as preparações, condições do local para realizar o cardápio e o planejamento das atividades da equipe. Nota-se que a cozinha envolve uma extensa gama de operações sem desconsiderar, ainda, as lógicas culturais que constituem a relação com os alimentos, as bases de tempero e preparo, o conjunto de regras e práticas, conforme aponta CONTRERAS e ARNAIZ (2005). O desenvolvimento de um produto de software de qualidade e que atenda as especificações também não é uma tarefa simples e para apoiar esse transcurso, pode-se aplicar algumas práticas, como por exemplo, a utilização de modelos, processos, metodologias, ferramentas e frameworks. O framework ágil SCRUM estabelece um conjunto de práticas e regras que serão cumpridas pela equipe, usando eventos com duração fixa para criar regularidade, que são denominados como Sprints. Também estão inseridos elementos, que apesar de serem facultativos, fazem parte do framework e são fortemente recomendáveis, como as reuniões de planejamento (Sprint Planning Meeting), diárias (Daily Scrum), revisões (Sprint Review Meeting), retrospectiva da sprint (Sprint Retrospective). Conforme as melhores práticas aceitas pelo mercado e, conhecida como teoria dos processos empíricos, o SCRUM é considerada uma estrutura ágil para a realização de projetos complexos. De acordo com SCRUMALLIANCE (2012), a origem SCRUM foi direcionada para projetos de desenvolvimento de software, porém funciona em qualquer ambiente e escopo de trabalho e pode ser adicionado nas empresas para organizar suas equipes, ganhar produtividade e qualidade no processo de desenvolvimento. Os pilares do SCRUM, independentemente do tipo de projeto no qual irá ser aplicado, está pautada na transparência, inspeção e adaptação. O objetivo desse artigo é propor um processo baseado no framework ágil SCRUM com intuito de aplicá-lo em ambientes gastronômicos, permitindo assim auxiliar os chefs no controle de ingredientes e preparo de receitas para eventos de grande porte. Estudos de GOODY (1982) apud COLLAÇO (2012), indicam que a cozinha também é um sistema alimentar, valendo-se da ideia que para pensá-la é preciso levar em consideração a produção, distribuição, preparo e consumo do alimento e como se articula à organização social. O trabalho encontra-se em fase de levantamento bibliográfico sobre os seguintes temas: Framework Ágil Scrum e gastronomia. Após esse levantamento, pretende-se mapear o framework Scrum e adaptá-lo a realidade do ambiente gastronômico. Para a avaliação dos resultados, pretende-se aplicar o processo em eventos gastronômicos. Diante das características apresentadas, entende-se que o framework ágil SCRUM pode ser customizado e adaptado para o ambiente (gastronômico) focando em grandes eventos, com finalidade de criar regularidade nas práticas diárias da cozinha, aproveitando melhor o tempo, desenvolvimento e o planejamento das receitas do cardápio estabelecido.
Referências
SCRUMALLINCE. What is Scrum. Disponível em: <http://www.scrumalliance.org>. Acesso em: 11/06/2018.
COLLAÇO, Janine Helfst Leicht. Gastronomia: a trajetória de uma construção recente. Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás. Dissertações Apresentadas em 2012. Disponível em: <https://goo.gl/oKc4dr>. Acesso em 12/06/2018.
GOODY, Jack. Cooking, cuisine and class. Cambridge, Cambridge University Press, 1982.
CONTRERAS, Jesus Hernandes; GRACIA ARNAIZ, Mabel. Alimentación y cultura: perspectivas antropológicas. Barcelona: Ariel. 2005.
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